Na quarta (19), a universidade informou em suas redes sociais que não vai exigir neste ano o passaporte vacinal, a posição vai contra ao abaixo-assinado estudantil criado dias antes a favor da obrigação do comprovante.
Em sua defesa alega a instituição que: “tem retomado suas atividades acadêmicas presenciais de forma gradual, desde agosto de 2020”, e acrescentou: “Todas as atividades presenciais da Universidade estão atreladas às medidas essenciais de controle da pandemia, como o uso obrigatório de máscara, o distanciamento entre as pessoas e a cautela para evitar aglomerações”.
Segundo dados de 2021, a UFMG tem cerca de 45 mil alunos. Demais universidades de Belo Horizonte, como a PUC Minas, estão via contraria, e vão exigir comprovante de vacinação para aulas presenciais.
Vemos aqui se repetindo um fenômeno que durante toda a pandemia se fez presente, o descaso público. Estações e ônibus lotados, upas/hospitais sem distanciamento e separação devida de pacientes com sintomas e agora o retorno das aulas de uma das maiores universidades do país negligenciando o passaporte vacinal.
Enquanto o poder e instituições publicas podem agir a bel prazer produtores de eventos e comerciantes do ramo de bares e restaurantes são submetidos a dezenas de protocolos sanitários.
Estes, que posteriormente são usados como bode expiatório para para justificar a má condução da pandemia.
É tempo de cuidarmos uns dos outros, mas que esse dever de cuidado seja de todos, que sejam aplicados protocolos sanitários de forma ampla e abrangente, que o transporte publico tenha aumento de frota para possibilitar viagens com metade da capacidade total do veiculo, que unidades de saúde sejam munidas da estrutura necessária para garantir um bom atendimento, que as aulas voltem em segurança. Só assim passaremos por este momento difícil.
Artigo de opinião, autoria: Ado Silva Viana (o texto reflete apenas a opinião pessoal do autor, o belohorizonte.com.br é isento de toda e qualquer responsabilidade sobre o mesmo)
