Hollywood realmente não larga o osso e apresenta uma obra mediana com Exterminador do Futuro : Destino Sombrio, filme dirigido por Tim Miller, o diretor de Deadpool. E dessa vez traz James Cameron, o criador da saga, de volta a franquia, só que como produtor.

O filme se passa depois dos acontecimentos de Exterminador do Futuro: O Julgamento Final, segundo filme da franquia, e trata como se os demais não existissem, pode-se dizer que é um reboot do terceiro filme. Em 2022 no México aparece um novo exterminador do futuro para “exterminar”, desculpa o trocadilho, Dani Ramos, interpretada por Natalia Reyes, pois aparentemente ela tem um papel importante no futuro na luta contra as máquinas. Dani conta com ajuda de um novo tipo de aliado ainda não visto, e também ninguém mais, ninguém menos que Sarah Connor.

A franquia Terminator já tentou de quase tudo para emplacar um sucesso similar aos dois primeiros filmes, tentaram CGI mais aprimorado, usaram até uma atriz de Game of Thrones, e dessa vez já que os últimos longas não tiveram aprovação do público decidiram começar a história de novo depois dos acontecimentos de Exterminador do Futuro: O Julgamento Final, e trazer o aclamado James Cameron para ver se dá certo.

O roteiro de David Goyer, Justin Rhodes e Billy Ray não apresenta nada de novo ao universo da franquia, parece que você está vendo qualquer um dos anteriores, mesmo dilema do robô atrás do humano indefeso que encontra um aliado um pouco mais fraco que o inimigo para causar aquela sensação de perigo. Você está vendo a mesma coisa pela sétima vez. O que acontece nesse filme é o apelo ao nostálgico, trazendo Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger de volta. E é claro que os dois contracenando juntos geram umas cenas interessantes e bate aquela saudade de quando a franquia era boa. Mas ainda parece um pouco forçado.

O elenco é um dos pontos altos do filme, Linda Hamilton está bem no papel, assim como no filme anterior, ela é badass, cheia de marra e de atitude e pronta para enfrentar qualquer exterminador que aparecer. Mackenzie Davis que está em ascensão ultimamente e já fez um papel de um personagem robótico anteriormente em Blade Runner 2049, mostra um aliado sisudo porém um pouco humano, foi uma escolha acertada ter trazido ela. E Schwarzenegger é realmente um exterminador raiz, robô paradão mas que funciona nesse contexto.

As sequências de ações são boas, mas um pouco longas e sem inspiração, nada muito marcante.

As vezes a nostalgia fica um pouco piegas, as vezes funciona, é uma mistura de comédia com fan service, nem tão ruim mas nem tão bom.

Apesar de parecer uma crítica bem negativa, o filme não é ruim, mas poderia ter sido executado de uma melhor forma.

 

Confira o Trailer:

 

By Nimai Dasa

Nimai Dasa profissional formado em Comunicação Social e atua como jornalista a mais de 15 anos.