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Estudantes se inspiram nas esculturas dos Pedidores de Abraços para atividade da aula de artes

A ausência do abraço, gesto tão comum de representação de carinho, tem levado à ressignificação das relações entre as pessoas em função da necessidade de distanciamento social. Como bem diz a canção da banda mineira Jota Quest, inspirada na autora Martha Medeiros: “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”; mas como superar essa carência imposta pelo novo coronavírus? Foi pensando nisso que a equipe pedagógica do Coleguium Rede de Ensino —que possui 18 unidades educacionais em Minas Gerais e uma no Pará— desenvolveu uma atividade com os alunos na disciplina de artes do Fundamental 1 sobre as esculturas dos Pedidores de Abraços, dos artesãos Yran Almeida e Emeton Kroll, de Caruaru, no Agreste Pernambucano.

Segundo a supervisora de Artes do Coleguium, Junia Teixeira, todos os anos a disciplina escolhe trabalhar ao menos um artista brasileiro vivo, a fim de apresentá-lo às crianças e humanizar essas relações. “Observamos que quando contávamos uma história de um artista que ainda está conosco, diferentemente daqueles condicionados à antiguidade, isso aproximava as crianças ainda mais da arte”, revela.

Neste ano, com o contexto da pandemia, a escolha pelas esculturas dos Pedidores de Abraços combinou com a situação, como explica a professora de arte e história da arte do Coleguium Jardim Canadá, Evelyne Oliveira Figueiredo, uma das idealizadoras da atividade juntamente com a equipe de arte do Coleguium. “Já conhecia os artesãos criadores das esculturas e, para o desenvolvimento da atividade neste ano, logo pensei: agora é o momento. Estamos carentes de abraço e carinho; toda forma de contato vale muito a pena. Seja um abraço virtual ou por meio de desenho, conseguimos demonstrar carinho e afeto, ainda que distantes”, declara. “A temática do afeto, da saudade e da carência com a falta de abraço está totalmente alinhada a esse momento em que as crianças se encontram, tão cansadas e estressadas pelo distanciamento social, por não poderem ver os coleguinhas, os professores e até alguns familiares e amigos”, acrescenta Junia.

A atividade indicou aos alunos escrever nos desenhos os nomes das pessoas às quais elas queriam oferecer um abraço e que palavras gostariam de transmitir, como saudade, alegria, amizade, amor, carinho, entre tantas outras. Para trabalhar o tema de esculturas, as crianças puderam construir os próprios Pedidores de Abraços com itens que teriam em casa, como brinquedos e almofadas.

Outro destaque da atividade foi o contato que as crianças puderam ter com os artistas.  “Yran Almeida e Emeton Kroll enviaram um vídeo de agradecimento e isso humanizou ainda mais o processo. Foi uma conversa muito agradável e importante por entendermos que essas esculturas combinam muito com o que a gente está vivendo. Os artistas vão receber todos os desenhos coloridos pelas crianças também como forma de agradecimento à atenção e ao carinho que eles tiveram conosco”, revela Junia Teixeira.  “Estamos muito felizes por vocês estarem navegando no universo dos Pedidores de Abraços e saber que essa nova geração está explorando outras dimensões da arte. Ficamos até emocionados e nervosos com esse reconhecimento. Criamos os Pedidores de Abraços para distribuir carinho, afeto, amor, respeito, inclusão; independentemente de cor, raça ou condição social, o abraço é para todos”, revelaram os artistas em trecho do vídeo.

A supervisora de Artes do Coleguium complementa dizendo que “mais do que abordar a história da arte, os aspectos emocionais, psicológicos e familiares são fundamentais no processo de aprendizagem, principalmente neste momento a distância.” “Essa atividade trouxe leveza, uma característica intrínseca do próprio abraço, e um respiro pela ausência física desse gesto de carinho”, avalia.

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Marcio Ribeiro

Marcio Ribeiro

Especialista em crédito e um amante automotivo. Antes de mais nada, apaixonado por tecnologia e automóveis! Bacharelado em Comunicação Social e MBA em Gestão de Negócios, com mais de 13 anos de trabalho dedicado ao mercado digital, sempre fui norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação.

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