Desde o início da pandemia, em março do ano de 2020, o setor de eventos amarga prejuízos diante da impossibilidade de trabalhar. Na última semana, a esperança dos profissionais que atuam na capital mineira se renovou, após o anúncio, em coletiva de imprensa, que parte das atividades poderiam ser retomadas. Mas, no sábado (03), com a publicação do decreto, a euforia deu lugar à frustração. De acordo nota divulgada pela Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (AMEE), apesar de ser uma conquista importante para quem precisa voltar a sustentar as suas famílias, algumas determinações dificultam o retorno dos eventos, já que a área está com recursos financeiros escassos.
De acordo com o presidente da AMEE, Rodrigo Marques, existem alguns pontos que precisam ser revistos no decreto publicado pela PBH. “Se um evento for realizado em um restaurante, o protocolo específico para restaurantes deverá ser seguido que é menos burocrático do que o protocolo para o setor de eventos. Mas, se esse mesmo evento acontecer em um buffet, salão ou espaço para festas, o protocolo a ser seguido é muito mais rígido e burocrático. Diante das determinações o custo aumenta drasticamente e, na prática, a operação de público é a mesma, que só é diferenciada pela burocracia”, comenta.
Segundo Rodrigo Marques, as exigências da PBH podem inviabilizar a realização de diversos eventos. “O mesmo evento com o mesmo número de pessoas teria uma grande diferença de preço enorme de um lugar para o outro e isso pode implicar na não realização da iniciativa, o que, na prática, mantém tudo como estava. O decreto não segue o que foi proposto em nossa reunião com os representantes da prefeitura. Precisamos trabalhar e pedimos isonomia. Não existe ninguém mais interessado em fazer tudo da maneira correta, seguindo todos os protocolos, do que o produtor de eventos. Mas o poder público deve ter bom senso”, opina.
Confira a nota na íntegra:
O retorno dos eventos em Belo Horizonte foi uma conquista importante para o nosso setor, que há muito tempo vem sofrendo com a impossibilidade de trabalhar. Porém, alguns requisitos do novo decreto dificultam em muita essa retomada, uma vez que o segmento está com recursos financeiros escassos.
Se o produtor realizar um evento em um restaurante, o protocolo específico para restaurantes deverá ser seguido, porém menos burocrático do que o protocolo para o setor de eventos. Se esse mesmo evento acontecer em um buffet, salão, ou espaço de festas, o protocolo a ser seguido é MUITO mais rígido e burocrático e, por isso, o evento sairia BEM MAIS CARO.
Isso obviamente dificulta a venda dos nossos serviços e afasta os clientes. O mesmo evento, com o mesmo número de pessoas, teria uma diferença de preço enorme de um lugar para o outro.
O decreto final está em desacordo com o que foi proposto pessoalmente na ocasião em as entidades do nosso setor estiveram reunidas com a PBH e não atende os profissionais que trabalham com eventos pequenos e médios, que são a grande maioria na nossa área.
Quem paga a conta de mais de 1 ano e 4 meses sem possibilidade de trabalho?