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Fusões e aquisições crescem 30% em Minas Gerais

Apesar dos impactos negativos da pandemia na economia, o mercado de fusões e aquisições se manteve aquecido em Minas Gerais no ano passado. No estado, o volume de transações cresceu 30%, saltando de 52 negócios, em 2019, para 68 em 2020. Um dos destaques foi o número de operações envolvendo empresas do setor de serviços de saúde (foram 12 no ano), atrás apenas de tecnologia da informação (TI), que contabilizou 22. O volume registrado no estado acompanhou o recorde da série histórica no mercado nacional: no país, foram anunciadas 1.038 transações, um volume 14% superior em relação ao ano anterior (912 negócios). Os dados constam de relatório divulgado nesta semana pela PwC Brasil.

Somente em dezembro, o estado contabilizou 12 transações de fusões e aquisições. Entre os destaques está a aquisição do Hospital Lifecenter pelo grupo Notre Dame Intermédica pelo valor de R$ 240 milhões. O relatório também inclui a aquisição feita pelo Banco Inter, que comprou 60% da Meu Acerto, startup mineira de cobrança e dívida, especializada em reativação da base de clientes. Outro destaque envolvendo empresas mineiras é a aquisição realizada pela Vale de um cluster de geração de energia solar da Aurora Energia, em Minas Gerais.

Segundo o relatório da PwC Brasil, os investidores nacionais seguem na liderança no mercado mineiro, com 52 transações, o que representa 76% do total de negócios anunciados no ano passado. Minas Gerais segue como o terceiro estado com maior volume de fusões e aquisições de empresas, representando 7% do mercado, ficando atrás apenas de São Paulo (50%) e Rio de Janeiro (8%). Em relação à participação dos setores, o de TI representou 46% do total transacionado, enquanto o de serviços de saúde registrou 25% dos negócios anunciados. Na sequência, aparecem os setores químico, com 13%, financeiro e serviços públicos, ambos com 8%.

Número de operações no país bate recorde em série histórica
O número de operações no país em 2020 alcançou o recorde da série histórica, com um volume 48% superior à média do mesmo período dos últimos cinco anos (701 transações). Somente em dezembro, foram anunciadas 129 transações, volume 13% superior ao mesmo mês de 2019 (114 transações). Segundo Leonardo Dell’Oso, sócio da PwC Brasil e líder da área de Fusões e Aquisições, o resultado reforça a tendência de recuperação acelerada do mercado de M&A, afetado fortemente pelos efeitos da Covid-19 entre abril e junho de 2020.

O setor de TI se manteve na liderança, com 398 transações no ano passado, representando 38% do total transacionado. O resultado representa um crescimento de 54% em relação a 2019, quando foram realizadas 258 transações. Na segunda posição dos negócios registrados está o setor de serviços auxiliares, que teve redução de 1% em relação ao ano anterior, com 72 transações, e corresponde a 7% do total transacionado. Destaque, ainda, para o volume de negócios no setor de serviços de saúde, que registrou crescimento de 25% em relação a 2019, registrando 71 negócios em 2020 contra 57 no ano anterior, o que corresponde a 7% do total transacionado no país.

O ano de 2020 apresentou um crescimento de 31% do interesse de investidores nacionais (com 772 transações), se comparado ao ano de 2019, quando os investidores do país concretizaram 589 transações. Neste contexto, as transações envolvendo investidores nacionais representam 78% do total de aquisições e compras anunciadas. Com 221 transações realizadas em 2020, os investidores estrangeiros regrediram 19% em relação a 2019, quando realizaram 273 transações.

Analisando os números por regiões, o Sudeste recebeu 65% do interesse do investidor, com 679 transações no ano passado, apresentando um aumento de 19% em comparação ao ano anterior (569 transações). Segundo o levantamento, no mês de dezembro foram anunciadas 85 transações no Sudeste, 13% superior ao volume apresentado em dezembro de 2019 (75 transações).

Tendências
De acordo com análise de tendências da indústria de fusões e aquisições globais da PwC, os processos de fusões e aquisições estão se acentuando no segmento de produtos de consumo e varejo por conta de uma intensa competição por muitos ativos digitais ou baseados em tecnologia. A mais recente edição da Global M&A Industry Trends, que cobre os últimos seis meses de 2020, examina a atividade de negócios globais e incorpora percepções dos especialistas do setor de negócios da PwC para identificar as principais tendências que impulsionam a atividade de M&A, bem como os hotspots que devem ser destaque em 2021.

Apesar da incerteza criada pela Covid-19, o segundo semestre de 2020 marcou um aumento na atividade de fusões e aquisições (M&A), tornando prioritárias a aceleração da digitização e a transformação dos negócios –cujos resultados poderiam ser obtidos de forma mais rápida por meio das transações M&A– e criando um cenário altamente competitivo para os negócios certos.

Ao longo dos últimos seis meses de 2020 foi possível identificar que as negociações aumentaram; o volume total de negócios globais e os valores cresceram em 18% e 94%, respectivamente, em comparação com o primeiro semestre do ano. Além disso, os volumes e os valores das negociações também tiveram aumento em comparação com os últimos seis meses de 2019.

Os valores mais altos no segundo semestre do ano passado decorreram, parcialmente, de um aumento das megadeals (transações com valores superiores a US $5 bilhões). Ao todo, no período foram anunciados 56 megadeals, contra 27 nos primeiros seis meses de 2020. O maior crescimento (tanto em valores quanto em volumes de negócios) foi nos setores de tecnologia e telecomunicações, com o volume de negócios de tecnologia aumentando 34% e valores acima de 118%. Já em telecomunicações, os volumes de negócios aumentaram 15% e os valores aumentaram significativamente em quase 300%, devido a três megadeals de telecomunicações.

De acordo com Leonardo Dell’Oso, sócio da PwC Brasil e líder de Deals, o Brasil deve bater mais um recorde no volume de transações em 2021, com crescimento de dois dígitos em relação ao número de transações de 2020. “Após a quebra de recordes em fusões e aquisições em 2019 e novamente em 2020, 2021 promete resultados ainda mais expressivos nesse sentido.

Se, durante a crise da Covid-19, as empresas iniciavam movimentos estratégicos que tinham como objetivo garantir a sobrevivência durante a pandemia, nos próximos meses, com a expectativa positiva advinda da vacinação da população, veremos movimentos de consolidação, verticalização e diversificação de negócios por meio de transações, com o objetivo de acelerar o crescimento das empresas no pós-pandemia”, afirma o executivo.

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Marcio Ribeiro

Marcio Ribeiro

Especialista em crédito e um amante automotivo. Antes de mais nada, apaixonado por tecnologia e automóveis! Bacharelado em Comunicação Social e MBA em Gestão de Negócios, com mais de 13 anos de trabalho dedicado ao mercado digital, sempre fui norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação.

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