Com regência do maestro Fabio Mechetti, Orquestra interpreta ainda a Sétima Sinfonia de Bruckner

 

Nos dias 11 e 12 de abril, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais comemora os 200 anos de um dos sinfonistas mais importantes do século XIX, revisitando uma de suas principais e mais belas sinfonias, a Sinfonia nº 7 de Bruckner. Ao relembrar os 75 anos da morte de Richard Strauss neste ano, a Orquestra se une a dois de seus principais músicos, Marcus Julius Lander, Principal Clarinete, e Adolfo Cabrerizo, Principal Fagote, para executar o envolvente Dueto-concertinoA regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$39,60. No dia 11 de abril, a apresentação terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC FM (87,1 BH e Brasília / 99,3 RJ).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Inter, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Marcus Julius Lander, clarinete

 

Marcus Julius Lander é Bacharel em Clarinete pela Unesp, na turma de Sérgio Burgani. Também foi aluno de Luis Afonso “Montanha” na USP e de Jonathan Cohler no Conservatório de Boston. Atuou como spalla na Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e chefe de naipe nas orquestras Jovem de Guarulhos, do Instituto Baccarelli e da Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Integrou ainda a Orquestra Acadêmica da Cidade de São Paulo. Nos últimos anos, Marcus Julius realizou apresentações em palcos da Argentina, Sérvia e Bélgica, e foi artista residente no 8º Festival Internacional de Clarinete e Saxofone de Nan Ning, Festival Internacional de Clarinetes de Pequim, Dream Clarinet Academy em Baoding, estes na China; no IV Congresso Latino-americano de Clarinetistas, no Peru; na Thailand International Clarinet Academy, na Tailândia; e no I Festival Internacional de Clarinete Yuuban, México Também atuou como jurado e professor em competições de clarinete nacionais e internacionais. Ingressou na Filarmônica em 2009 e desde 2012 é Clarinete Principal da Orquestra.

 

Adolfo Cabrerizo, fagote

 

Adolfo Cabrerizo iniciou os seus estudos musicais em Granada (Espanha), sua cidade natal, com seu pai, também chamado Adolfo Cabrerizo. Em 2007, tornou-se o aluno mais jovem de sopros da Escola Superior de Música Rainha Sofía, ocupando a Cadeira de Fagote de Klaus Thunemann. No mesmo ano, foi admitido no Instituto Internacional de Música de Câmara em Madri, onde foi aluno de Hansjörg Schellenberger e Radovan Vlatkovic, sendo convidado por quatro anos consecutivos para o Festival de Santander. Como integrante da Orquestra Jovem da Escola Reina Sofía, apresentou-se em inúmeras ocasiões sob a batuta de maestros de renome, como Zubin Mehta. Adolfo concluiu o mestrado em Performance Musical pela Universidade de Música e Artes Cênicas de Munique e pela Academia Norueguesa de Música, orientado por Dag Jensen. Já atuou com as orquestras da Ópera e Balé Nacional da Noruega, as filarmônicas da Malásia e de Nuremberg, a Sinfônica de Madri e a Orquestra de Rádio da Suécia, entre outras. Em 2020, iniciou um segundo mestrado com o professor Sergio Azzolini, na Basileia (Suíça). Adolfo é o Fagote Principal da Filarmônica desde 2022.

 

 

Repertório

 

Richard Strauss (Munique, Alemanha, 1864 – Garmisch-Partenkirchen, Alemanha , 1949) e a obra Dueto-concertino (1947)

 

Após escrever sua última ópera, Capriccio, em 1941, Richard Strauss chegou a afirmar que sua carreira como compositor estava encerrada. Apesar disso e da idade já avançada, o sempre muito produtivo Strauss continuou compondo – ainda que chamasse essas peças, jocosamente, de “exercícios para o punho”. Concluído em 1947, o Dueto-concertino possui de fato um caráter mais lúdico, com seu estilo neo-rococó um tanto anacrônico para aqueles anos pós-Segunda Guerra. A ideia de um concerto duplo para clarinete e fagote surgiu da amizade de Strauss com Hugo Burghauser, Fagotista Principal da Filarmônica de Viena na época. A peça se baseia em uma narrativa simples criada pelo próprio compositor, na qual o clarinete representa uma princesa bailarina e o fagote, um urso que a imita. No primeiro movimento, Strauss faz com que o fagote soe um tanto desajeitado diante da graciosidade do clarinete, como se o urso tentasse desastradamente replicar os passos perfeitos da princesa. À medida que a partitura evolui, os dois personagens constroem uma relação mais sinérgica até se entregarem a um balé conjunto, durante o qual o urso se transforma em um príncipe. Afastando-se da opulência dramática que o consagrou, Strauss opta por uma abordagem mais suave no Dueto-concertino, fazendo os solistas dialogarem de forma cada vez mais harmoniosa até o alegre desfecho.

Anton Bruckner (Ansfelden, Áustria, 1824 – Viena, Áustria, 1896) e a obra Sinfonia nº 7 em Mi maior (1881/1883)

 

Possuidor do hábito de revisar exaustivamente as próprias obras (algumas contam com várias versões), Anton Bruckner teve seu talento reconhecido apenas tardiamente. Esse ímpeto de rever as partituras somado a sua abertura para acolher sugestões de colegas foram interpretados, por vezes, como sinais de indecisão e falta de confiança. Assim, ainda que as suas primeiras sinfonias tenham sido criadas na década de 1860, a maioria delas só foi estreada ou publicada depois de 1880. Nesse sentido, a Sinfonia nº 7, provavelmente a mais conhecida, ao lado da Quarta, ocupa um lugar fundamental na sua trajetória. Ela foi executada pela primeira vez em Leipzig, em 1884, com boa recepção. A segunda execução, datada de março de 1885, em Munique, foi um triunfo ainda maior e ampliou a divulgação internacional da música de Bruckner. Ao longo de seus quatro movimentos, temos uma demonstração perfeita do vigor e da monumentalidade que definem a abordagem do compositor nas grandes empreitadas orquestrais – traços que formam um curioso contraste com o seu jeito tímido de ser. A escolha incomum por incluir quatro tubas wagnerianas nos sopros é uma homenagem de Bruckner a seu maior ídolo, Richard Wagner, que faleceu em 1883. A entrada dos instrumentos com uma melodia fúnebre no lento e sublime adágio que forma o segundo movimento é, sem dúvida, um tributo à altura daquele que Bruckner considerava “o mestre dentre os mestres”.

Programa

 

Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Allegro

11 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Vivace

12 de abril – 20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

Marcus Julius Lander, clarinete

Adolfo Cabrerizo, fagote

R. STRAUSS          Dueto-concertino

BRUCKNER           Sinfonia nº 7 em Mi maior

 

     

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

 

 

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 12 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 80 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a dezembro/2023)

 

1.543.738 espectadores
1.231 concertos realizados
1.360 obras interpretadas
126 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
94 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
231 webfilmes publicados
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
12 CDs lançados
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

By Nimai Dasa

Nimai Dasa profissional formado em Comunicação Social e atua como jornalista a mais de 15 anos.

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