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Fábrica de Graffiti colore João Monlevade e entrega maior empena grafitada no interior de Minas Gerais

A cidade de João Monlevade ganhou mais vida. A área industrial e cinza da cidade recebeu a visita inusitada de 14 artistas que realizaram a pintura de 2.000m² de muros e uma empena de 18m de altura e 50m de comprimento, a maior já grafitada no interior de Minas Gerais. O projeto, patrocinado pela Fundação ArcelorMittal por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, é uma realização da Fábrica de Graffiti, que tem o objetivo de democratizar a arte e humanizar distritos industriais por meio da arte urbana, e que, em sua missão, já passou por Contagem (MG), Feira de Santana (BA) e Barra Mansa (RJ). A quarta edição do projeto também contou com uma programação cultural paralela para integrar a comunidade no saber e no fazer da arte do graffiti e tudo foi realizado atendendo às normas de segurança relativas à pandemia de Covid-19.

Além da excelência técnica, os artistas convidados – Alberto Tadeu (Tot), Barbara Daros, Bruna Ferreira Gonçalves (Pimenta), Bobylly, Fernando dos Santos (Fhero), Gabriella Biga, Kaká Chazz, Lídia Viber, Mariana Marinato, Pedro Stryper, Sâmela Moreira, Sérgio Ilídio, Silvana Assunção (Sil) e Thiago Moska – colocaram identidade e alma em suas obras, que contaram desde a história da família criada em João Monlevade, passando pela relação pessoal com a dislexia, até múltiplos olhares sobre o universo feminino e o meio ambiente.

 

Do papel ao muro, 400 mil litros de tinta e 2 mil latas de spray foram utilizados, e a arte desenvolvida por cada artista ganhou novas nuances ao se conectar às artes dos demais, por meio de esquemas de cores e elementos visuais que transpassam as obras. O trabalho simultâneo e conjunto deu harmonia à união de diferentes temas e estilos e transformou cada arte em algo novo e surpreendente.

Nesse período, o graffiti se tornou o grande assunto da cidade. A produtora executiva da Fábrica de Graffiti, Paula Mesquita Lage, conta que “o projeto virou ponto turístico, as pessoas vinham fazer fotos, assistir à produção das pinturas, se tornou até o ponto de parada de um grupo de ciclistas. Recebíamos agradecimentos como ‘olhar para essas artes vai melhorar meus dias de trabalho’, isso representa uma mudança radical no cotidiano dessas pessoas. Cidades industriais são carregadas e conseguimos trazer leveza a mais uma delas. Estamos muito felizes com a recepção da comunidade de João Monlevade!”.

Após João Monlevade, a Fábrica de Graffiti segue para Murtinho, no interior de Minas Gerais. Em parceria com a MRS Logística, o projeto vai pintar um vagão de 100m² em setembro de 2021.

Envolvendo a comunidade – Como nas edições anteriores, o projeto incluiu ações para estimular a cena do graffiti na cidade e fazer uma integração com artistas locais. O grafiteiro e arte-educador da Fábrica de Graffiti, Gabriel Skap, realizou uma palestra na Casa de Cultura de João Monlevade com o tema “Introdução ao Graffiti”, abordando a história da arte urbana, suas técnicas e desmistificando a relação entre picho e graffiti. Com o sucesso da palestra e lotação máxima, o encontro educativo foi realizado mais uma vez para que mais pessoas pudessem participar. Também foram organizadas visitas técnicas ao local de produção dos graffitis. Os participantes eram acompanhados por um integrante da equipe da Fábrica de Graffiti, que explicava o projeto, e tinham a oportunidade de conversar com os artistas para conhecer seu processo criativo.

A ação de encerramento levou dez artistas locais para grafitar espaços públicos junto a artistas do projeto da Fábrica de Graffiti, um momento de trocas, aprendizagem e oportunidade de colocarem sua arte na rua. Localizadas no centro da cidade, a Praça do Povo e a Casa de Cultura de João Monlevade ganharam novas cores e novos significados nas mãos desses jovens artistas.

Sobre a Fábrica de Graffiti – Democratizar a arte através dos maiores murais de graffiti do Brasil e humanizar distritos industriais por meio da arte são o propósito que move a POMME, produtora cultural da Fábrica de Graffiti. Realizando projetos de graffiti através de Leis de Incentivo à Cultura e para clientes particulares, foi responsável pela pintura dos maiores murais de graffiti de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. São valorizados a arte e também os artistas. Todos os projetos desenvolvidos levam em consideração os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), praticando igualdade de gênero, sustentabilidade e promovendo geração de renda para artistas locais. Saiba mais em https://fabricadegraffiti.com.br/pt_br/

Sobre a ArcelorMittal – A ArcelorMittal Brasil é a maior produtora de aços longos e planos da América Latina e faz parte do Grupo ArcelorMittal, líder de aço e de mineração no mundo. A empresa está presente em 60 países e possui unidades industriais em 19 países. Com o propósito de criar ações inteligentes para um mundo melhor, o Grupo é o principal fornecedor de aço de qualidade nos mercados globais de construção. Automotivos, eletrodomésticos e embalagens.

Sobre a Fundação ArcelorMittal – Criada em 1988, a Fundação ArcelorMittal desenvolve projetos sociais nos municípios onde as empresas do Grupo ArcelorMittal estão presentes, beneficiando cerca de 400 mil pessoas por ano. Alinhada com o propósito da empresa de criar um mundo melhor, a instituição investe na formação de crianças e adolescentes protagonistas do próprio futuro. Atenta às necessidades locais, a Fundação promove projetos nas áreas de educação, cultura, promoção social, esporte e saúde. Os investimentos são feitos por meio de recursos da ArcelorMittal ou incentivo fiscal.

Artistas participantes da 4ª edição do projeto Fábrica de Graffiti – João Monlevade (MG)

  1. Barbara Daros (Belo Horizonte, MG) – Mulher artista multimídia, parte da pintura em direção a diferentes linguagens artísticas. Trabalha com diversos suportes, desde o corpo, com a tatuagem e a dança, até as telas e muros. Pesquisa a linguagem da abstração, do movimento da forma e da cor, em um universo de sistemas e relações orgânicos. @barbaradaros_
  2. Gabriella Biga (Belo Horizonte, MG) – Desde criança já tinha a criatividade de desenhar, quando conheceu a cultura hip hop em sua adolescência na região Noroeste de BH. Começou no graffiti em 2011 fazendo “bombs” e, desde 2013, vem trabalhando uma linha artística com seus pássaros e traços com inspirações e influências na psicodelia, natureza e seu cotidiano. Atualmente mantém sua essência fazendo letras e seus desenhos pela cidade. Participou de diversos coletivos e eventos, como Movimento Gentileza, Instituto Amado, Encontro Nacional Graffitação, Duelo de MCs, e Telas Urbanas. É ganhadora do primeiro “Confronto Urbano – Duelo de Tags”. @gabriellabiga
  3. Bruna Pimenta (Ribeirão das Neves, MG) – Teve seu primeiro contato com a cultura hip hop em 2007, na escola onde estudava, através do graffiti, se estendendo alguns anos depois para o breaking. Hoje é pedagoga em formação, educadora social, b-girl e grafiteira. Trabalha com produção cultural ao hip hop, buscando a potencialização da mulher e a valorização da cultura negra. Tem construído iniciativas de empoderamento para jovens e mulheres da periferia, visando a democratização e descentralização do direito à arte e à cultura. Participou do Festival Cura, do Circuito Municipal de Cultura, foi uma das empreendedoras premiadas pelo Projeto Corre Criativo do Fa.Vela. É integrante da Nunca fui Barbie crew Ladies letters crew. @pimenta_one
  4. Sãmela Moreira (Timóteo, MG)  É arquiteta urbanista por formação e artista por instinto, dedicação e coragem. As diversas telas são cúmplices de uma mulher que resolveu voltar a rabiscar, imaginar e literalmente ‘riscar’ paredes. De porcelanas delicadas ao concreto bruto, o seu principal objetivo é tocar a vida do outro por meio da sua arte. @samelamoreira.art
  5. Fernando Pinto dos Santos, Fhero (São Paulo, SP) – Paulista de nascença e mineira de coração, deu início a sua carreira no graffiti em 1997. E desde sempre as letras estiveram presentes em suas criações, por influência das tags – tipografia originária do graffiti. Tudo isso mesclado com uma paleta de cores fortes e contrastantes. Seus trabalhos buscam dialogar com o cotidiano das pessoas. Tem em seu currículo exposições solos e exposições coletivas. Faz parte de um dos grupos mais influentes do cenário nacional e internacional de graffiti, a “PDF CREW” e com ela tem murais e exposições espalhadas pelo Brasil. Participou de eventos de graffiti no Chile e na Colômbia. E no início de 2019 pintou a fachada de um shopping popular do centro de Belo Horizonte, o Xavantes, totalizando 1.200 metros quadrados de pintura. Atualmente o artista reside em Belo Horizonte. @fhero.pdfcrew
  6. Kaká Chazz (Três Pontas, MG) – A paixão pelo desenho sempre esteve presente em sua vida, e desde a sua infância mostrava predisposição para o desenho. Sua obra é influenciada pela pintura clássica, contemporânea e Street Art. Outra influência muito forte em sua obra é a presença da retratação da cultura mineira, onde busca inspiração nas histórias de pessoas, formas e cores da região para suas criações. Começou a pintar nos muros em 2008. Seus murais estão espalhados por vários estados do Brasil. Kaká Chazz se intitula o Semeador de Arte, por isso as sementes estão presentes em todas as suas obras. @kaka.chazz
  7. Silvana Assunção (Ipatinga, MG) – Desde criança se interessou por desenhos, cores e técnicas de pintura. Quando entrou para a faculdade de arquitetura, ampliou possibilidades de ilustração. Assim, Sil começou a fazer artes em paredes internas e externas representando a fauna e a flora. Já participou de eventos culturais e do Coletivo-Pé-de-Cabra, foi integrante dos projetos Histórias Bordadas e Contos e Pontos, do Programa Mais Cultura nas Escolas. @sil.estudio
  8. Ana Carolina (Belo Horizonte, MG) – Bobylly, como é conhecida, é mineira de Belo Horizonte e tem no sangue muita criatividade que herdou da sua família de artistas. Desde criança já se arriscava nos desenhos. Em 2018 iniciou seu trabalho em pontilhismo, assim como seu primeiro graffiti, Sempre inovando e preocupada com o meio ambiente, ela transforma materiais geralmente vistos como lixo em ferramentas para as suas pinturas. @_bobylly
  9. Mariana Marinato (Belo Horizonte, MG) – Nascida na capital belo-horizontina, respira arte. Estudante de artes plásticas, também trabalha com pintura em tela, desenho, ilustração, tatuagem e graffiti, sendo esta sua grande paixão. Foi na pintura das ruas que Mariana despertou um olhar curioso sobre os suportes deteriorados da cidade e se sentiu realmente à vontade para expressar seu trabalho lúdico e afetuoso, capaz de despertar poesia às pessoas que passam pelas ruas. @marianamarinatos
  10. Alberto Tadeu (Contagem, MG) – Tot, seu nome artístico, teve seu primeiro contato com o graffiti no ano 2000. Especialista em técnicas de realismo, 3D e cenários, Tot também é agente cultural, promovendo oficinas e painéis temáticos. Ao longo da sua carreira, já participou de diversos eventos de graffiti pelo país, além de alguns trabalhos divulgados em revistas no Brasil e no exterior. Atualmente, Tot é integrante do grupo nacional de 3D @pdfcrew_ . Nas redes sociais ele é @totpdfcrew
  11. Sérgio Ilídio (Belo Horizonte, MG) – Mago dos stencils, é artista visual autodidata nascido e criado em BH. Atua na cena do graffiti desde 1998 com a estética desenvolvida a partir da técnica de stencil, além de trabalhar também como tatuador. Suas criações têm como temática principal o retrato de representatividades regionais, culturais e personalidades. Sua família é de João Monlevade, desta vez ele vai representar a sua própria história, que é ligada à história da siderúrgica. @sergio_ilidio
  12. Thiago Moska (Janaúba, MG) – Seu nome é Thiago, mas é conhecido como Moska por onde passa. Residente de Ipatinga, permeia seus trabalhos entre os estilos pop arte e realismo. Com experiência em Graffiti há mais de 15 anos, e vivendo exclusivamente da sua arte há 10 anos, teve o seu primeiro contato com o meio ainda na escola. @thiagomoska301
  13. Pedro Stryper (Governador Valadares, MG) – Pedro Henrique, mais conhecido como Pedro Stryper, atua na cena há mais de 10 anos. A paixão pelos tons marcantes do preto e cinza vem do cinema, principalmente de filmes em preto e branco, onde essa combinação de cores é fundamental para a expressão dos personagens. A paleta de cor dos seus trabalhos é essencial para a conexão das pessoas com sua arte. O realismo e a tatuagem são influências fortes no seu trabalho. @stryperpedro
  14. Lídia Viber (Belo Horizonte, MG) – O nome é Lídia, mas é conhecida como Viber. Nascida e criada na Zona Leste de BH, Viber teve seu primeiro contato com o graffiti aos 15 anos em uma oficina social, descobrindo a possibilidade de se expressar pelos seus desenhos nos muros de todo lugar. A partir daí, ela começou a escrever sua história na Arte Urbana. Hoje, seu trabalho transita por um universo lúdico, onírico, e é inspirada pelo realismo mágico. Nessa linguagem, busca estimular reflexões sobre imposições, sonhos, desejos, inseguranças e aceitação, sejam eles apresentados em telas, aquarelas, graffiti ou em grandes murais. @lidiaviber

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Marcio Ribeiro

Marcio Ribeiro

Especialista em crédito e um amante automotivo. Antes de mais nada, apaixonado por tecnologia e automóveis! Bacharelado em Comunicação Social e MBA em Gestão de Negócios, com mais de 13 anos de trabalho dedicado ao mercado digital, sempre fui norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação.

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