A indústria da construção civil é um dos setores que mais gera impacto direto ao meio ambiente e também dos que mais se esforçam para mitigar estes efeitos. No decorrer dos últimos anos, muitas construtoras vêm implementando medidas sustentáveis em todas as fases de seus projetos, desde a concepção até a entrega dos empreendimentos.

Um exemplo recente é o Grupo EPO, empresa que acaba de completar 29 anos atuante no desenvolvimento de empreendimentos inovadores e sustentáveis, que fez a opção pela energia fotovoltaica. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a construtora mineira e duas empresas de geração de energias sustentáveis: Bulbe e BRA Renováveis.

Ao contratar a energia solar das fazendas da BRA Renováveis e da Bulbe, o Grupo EPO está economizando 20% do custo de energia utilizado na construção de todos os empreendimentos.

Com a Bulbe, a parceria consiste na locação de parte da fazenda solar da empresa para fornecimento de créditos de energia solar para o Brisa Residencial, Luar Residencial e Rio Branco Residencial. Por sua vez, a BRA Renováveis está responsável pelos seguintes empreendimentos: o Espaço 356, localizado na BR-356, na altura do bairro Olhos D’Água; o Parque Bandeirantes, no Sion; e as obras dos residenciais Luar e Brisa, no Vale do Sereno. Está prevista a instalação nas obras do Rio Branco, na Savassi, e no Navegantes, na Lagoa dos Ingleses.

O Grupo EPO e a BRA Renováveis estudam um projeto para futuramente estender a oferta da energia fotovoltaica para o consumo nos condomínios de prédios residenciais e comerciais entregues pela construtora.

Tendência de mercado

A pandemia da Covid-19 tem acelerado o desenvolvimento de novos modelos de negócios pelas empresas de energia, direcionando suas atenções às energias renováveis. Um estudo da PwC demonstra que essa tendência pode levar o setor para a próxima etapa da transição energética em direção à meta de emissão zero de carbono até 2050.

“A sustentabilidade e a inovação estão entrelaçados no DNA da EPO. Por meio da parceria com a BRA Renováveis, reforçaremos a nossa imagem como Environmental, Social, and Governance (ESG) friendly, que sintetiza uma série de critérios Ambientais, Sociais e de Governança com responsabilidade socioambiental através das “obras verdes”, e ainda reduzir os custos operacionais em nossas construções” ressalta Guilherme Santos, diretor de Comercial e de Novos Produtos do Grupo EPO.

O diretor da construtora conta que a empresa se inspirou em exemplos de sucesso de países, alguns até menores e com menos irradiação solar que o Brasil, que estão à frente na geração limpa de energia. “A cada dia o Brasil tem criado condições para que seja ampliado a utilização das energias renováveis em larga escala. A EPO está sempre atenta a novas tecnologias e soluções inovadoras como esta, a fim de incorporar cada vez mais o conceito de sustentabilidade em nossos empreendimentos”, afirma Guilherme Santos. Para ele, a adoção dessas medidas, além dos benefícios para o meio ambiente, “traz um impacto positivo à percepção do mercado sobre a construtora e contribui para a diferenciação dos empreendimentos, tendo em vista que os clientes estão cada vez mais exigentes em relação à sustentabilidade”.

O diretor da BRA Renováveis, conta que ainda há poucas construtoras no Brasil aderindo à modalidade de energia por assinatura para atender o consumo durante as obras. “O feeling da EPO comprova seu pioneirismo em investimentos sustentáveis. A construtora já sente os impactos positivos com a utilização da energia fotovoltaica nos empreendimentos. Pegando o exemplo o Espaço 356, no mês de junho, além da economia na conta de energia, foram evitados a emissão de 234 kg de CO2 e considerando o período de construção do empreendimento, serão evitados a emissão de mais de 5.6 toneladas de CO² na atmosfera”, enfatiza André Figueiredo.

Para o diretor comercial da Bulbe, a adoção deste tipo de energia renovável vem crescendo nos últimos anos entre empresas do setor de construção civil, porém ainda de maneira muito tímida. “Pode-se dizer que a EPO é uma das pioneiras na adoção de tal prática em Minas Gerais. Isso é bom, pois além de estimular o crescimento de um novo mercado, contribui de maneira expressiva para redução de CO² lançado na atmosfera por outras fontes de geração de energia não sustentáveis”, afirma Rodrigo Lapertosa.

A emissão de CO² na atmosfera varia de acordo com o consumo de energia ao longo da execução de cada obra. “Considerando as cotas inicialmente contratadas pela EPO para os três empreendimentos, a redução equivale 3,673 Toneladas de Carbono, quantidade para a qual seria necessário o plantio de 12 árvores para compensar tal emissão no caso da adoção de outras fontes de energia não sustentáveis”, pontua Lapertosa.

By Nimai Dasa

Nimai Dasa profissional formado em Comunicação Social e atua como jornalista a mais de 15 anos.

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