Na Itália, não há visita sem a imagem da praça. Este é um dos muitos postais da Velha Bota, mas durante a pandemia, a “praça” estava completamente vazia. No entanto, o desconforto causado pela falta de calor humano trouxe uma reavaliação da importância de sua arquitetura.

É o que mostra a exposição virtual “Lugares (In) Visíveis”, que amanhã vai passar na rede social da Casa Fiat de Cultura. São 22 praças italianas distribuídas em cidades como Roma, Veneza, Florença, Milão e Turim, representadas em imagens e textos originais de escritores ligados ao espaço.

“Durante a pandemia, durante o período mais difícil da Itália, é possível extrair coisas positivas da criatividade e da cultura do país. Neste caso, use a praça vazia para apreciar mais a arquitetura e a história”, disse Dario Saravese. o cônsul italiano em Belo Horizonte.

Ele ressaltou que, no país e em outras partes do mundo, a praça tem um papel central no dia a dia dos moradores. “Este é um lugar onde costuma haver expressões culturais, políticas e de outro tipo. Na Itália, isso é ainda mais evidente porque ‘moramos de verdade’ na praça como um lugar para vivermos juntos”, enfatizou.

O bloqueio torna esse local densamente povoado – chamado de “amplo” no Brasil – um papel único, chamando atenção para “a beleza da cultura e da arquitetura, como reflexo do antigo centro da cidade e protagonista de um momento crítico”.

Saravese ressalta que a escolha das imagens não conduz apenas à mais famosa “praça”. Também estão em exposições, como a San Marco de Veneza, que costuma ficar submersa pelo mar Adriático em certas épocas do ano, e a del Popolo, famosa por abrigar o obelisco do Flamínio.

“Mas também existem praças menos conhecidas em cidades que não são muito populares entre os turistas, embora sejam a base da história da região e tenham formas geométricas maravilhosas. Algumas delas são mais novas, no entanto, quando se trata da Itália, “Recentemente significa há cerca de 200 anos”, registrou.

Fala

A cerimônia de inauguração marcará a abertura da palestra “Liberdade de Percepção”, do arquiteto Jô Vasconcellos, às 19h, que terá como foco a transformação da Praça de Belo Horizonte e a aquisição de novas funções. A participação é gratuita e o registro é feito através do Sympla.

By Nimai Dasa

Nimai Dasa profissional formado em Comunicação Social e atua como jornalista a mais de 15 anos.

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